A Alemanha é conhecida por ser um dos países líderes em produção de energia solar. E, porventura, é onde se encontra a mais antiga matriz energética fotovoltaica do mundo: o “Energielabor” foi desenvolvido pelo grupo de pesquisa “Physics of Renewable Energies” (Física das Energias Renováveis) da Universidade de Oldenburg, na década de 70, em plena crise do petróleo, com o intuito de provar que era possível operar um laboratório sustentado integralmente por energias renováveis.
A idade do “Energielabor” gira em torno dos 30 anos, porém estima-se que seu funcionamento data de mais tempo. Contendo 336 módulos com uma potência nominal total de 3,5 quilowatts, o tamanho considerável da instalação permite que seja observado o tempo de vida das células solares.
Existem dois fatores essenciais que limitam a vida útil das matrizes fotovoltaicas: a característica dos materiais semicondutores e os fatores ambientais que atingem os painéis solares a longo prazo.
É importante destacar que na produção das células solares do “Energielabor” foi utilizado silício: um metal semicondutor clássico que é extremamente durável e quase não muda suas características com o tempo.
Por fim, em 2010, pesquisadores do “Laboratório de Pesquisa de Energia e Semicondutores” resolveram examinar os módulos do “Energielabor”, procurando estabelecer os fatores de vida útil e compará-los com as indicações do fabricante. Os resultados foram surpreendentes: após 35 anos em operação, os módulos apresentavam modificações mínimas em relação aos parâmetros-chave.
Tanto a corrente de curto-circuito quanto a tensão de circuito aberto estavam apenas três por cento abaixo dos valores originais, enquanto o fator de preenchimento estava na verdade dois por cento acima dele. A eficiência, em última análise, o fator decisivo, ficou quatro por cento abaixo dos valores especificados pelo fabricante.